17º aniversário da canonização




 


No dia 18 de maio recordamos o 17º aniversário da canonização de nossa Madre Fundadora Santa Úrsula Ledòchowska.


Lembramos parte da homilia proferida pelo Papa  São João Paulo II durante a Missa da canonização  18 de maio de 2003:







Santa Úrsula Ledóchowska, durante toda sua vida, com fidelidade e amor, fixou o seu olhar no rosto de Cristo, Seu Esposo. De modo particular uniu-se a Cristo agonizante na Cruz. Essa união enchia-a de um extraordinário zelo na obra de anunciar, com palavras e obras, a Boa Nova do amor de Deus. Levava-a em primeiro lugar às crianças e aos jovens, mas também aos que se encontravam necessitados, aos pobres, aos abandonados, às pessoas solitárias. Dirigia-se a todos com a linguagem do amor comprovado com as obras. Com a mensagem do amor de Deus atravessou a Rússia, os Países escandinavos, a França e a Itália. Foi, na sua época, uma apóstola da nova evangelização, dando provas, com a sua vida e com a sua atividade, de uma constante atualidade, criatividade e eficiência do amor evangélico.
A inspiração e a força para a grande obra do apostolado ela tirava do amor à Eucaristia. Escrevia:  "Devo amar o próximo como Jesus me amou. Tomai e comei... Comei as minhas forças, estou à vossa disposição (...). Tomai e comei as minhas capacidades, o meu talento (...), o meu coração, para que, com o seu amor, ele aqueça e ilumine a vossa vida (...). Tomai e comei o meu tempo, ele está à vossa disposição. (...) Sou vossa como Jesus-Hóstia é meu". Não ressoa nessas palavras o eco de uma doação com a qual Cristo, no Cenáculo, se ofereceu a si mesmo aos Discípulos de todos os tempos?
Ao fundar a Congregação das Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante, transmitiu-lhe este espírito. "O Santíssimo Sacramento escreveu é o sol da nossa vida, o nosso tesouro, a nossa felicidade, o nosso tudo na terra. (...) Amai Jesus no sacrário! Permaneça sempre ali o vosso coração mesmo se materialmente estais no lugar de trabalho. Ali está Jesus, a quem devemos amar fervorosamente, de todo o coração. E se não o sabemos amar, pelo menos desejamos amá-lo cada vez mais".
Santa Úrsula sabia, à luz desse amor eucarístico, prever em qualquer circunstância um sinal do tempo, para servir a Deus e os irmãos. Sabia que, para quem crê, qualquer acontecimento, até o menor, torna-se uma ocasião para realizar os planos de Deus. O que era ordinário fazia com que fosse extraordinário; o que era quotidiano mudava-o para que se tornasse perene; o que era banal tornava-o santo.

Se hoje Santa Úrsula torna-se exemplo de santidade para todos os fiéis, é para que o seu carisma possa ser acolhido por todos aqueles que, em nome do amor de Cristo e da Igreja desejam testemunhar de modo eficaz o Evangelho no mundo de hoje. Podemos aprender com ela o modo de edificar com Cristo um mundo mais humano, um mundo no qual serão cultivados plenamente e cada vez mais, valores como a justiça, a liberdade, a solidariedade e a paz. Dela podemos aprender a forma de realizar todos os dias o mandamento "novo" do amor.












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