A CONGREGAÇÃO DAS URSULINAS CJA PASSOU POR DIVERSOS PAÍSES FAZENDO BEM


‘’ Passou por diversos países fazendo bem’’ – com estas palavras inspirado na segunda leitura[1] da missa do Batismo do Senhor, o Bispo Dom Celso Antônio Marchiori[2] sintetizou os 100 anos de existência da Congregação das Ursulinas CJA na mensagem dirigida às Irmãs durante a celebração de ação de graças no dia 12 de janeiro de 2020, em Curitiba – PR.




Na semana precedente à celebração de ação de graças pelo centenário de fundação da Congregação, as Irmãs das seis comunidades do Brasil realizaram um retiro pregado pelo Jesuíta Padre Eliomar Ribeiro na casa das Irmãs de Santo André para, na oração, reconhecer a ação de Deus em nós, por nós e por meio de nós.  Um interessante sinal de Deus foi que nesse retiro que deveria ser exclusivamente das Ursulinas, aconteceu de se inscreverem e participarem várias religiosas de outras Congregações, um padre diocesano e vários leigos e leigas que se enriqueceram com o Carisma de Santa Úrsula e o testemunho de oração e silêncio das Irmãs Ursulinas CJA.

Logo após o retiro, o tempo da Assembleia, conduzindo pela Superiora Central Ir. Marisa Petrikovski foi dedicado à recordação da História da Congregação e ação de graças pelos 100 anos de sua existência. Cada Irmã partilhava suas experiências e percepções sobre o Carisma e o testemunho de Santa Úrsula.  Representando as nossas comunidades da Argentina, vieram para este encontro e para a celebração a Ir. Akwina Matyszkiewicz e Ir. Grażyna Otlewska. A Ir. Akwina Matyszkiewicz enriqueceu grandiosamente a partilha, pois ela faz parte do grupo das primeiras seis irmãs que há 50 anos vieram da Europa para a América Latina dentre as quais estavam a Ir. Dominika Godlewska, Ir. Małgorzata Trzcińska, ir. Aniela Gołąbiowska, Ir. Francesca Lepore Iliana, e Ir. Maria Di Iorio.
Ir. Akwina Matyszkiewicz contava como recebeu o chamado de Deus através da Madre Andrzeja Górska, o tempo de preparação dos documentos quando era proibida a saída de poloneses da Polônia, o tempo de espera na Itália e, enfim o embarque no Navio de Napóles – Itália, no dia 09.12.1970 e a chegada na Argentina no dia 27.12.1970 onde foram recebidas pela Ir. Francisca Gutner. Contava também como, logo, as irmãs se inseriram na vida do povo e foram assumindo o trabalho na escola, na paróquia e junto aos pobres e, depois de um ano, se deu a abertura da comunidade no Brasil para a qual foram designadas as Ir. Dominika Godlewska, Ir. Małgorzata Trzcińska. Por sua vez, a Ir. Magdalena Hermann e Ir. Anna Klimczak também contaram sobre o convite e envio para reforçar a comunidade nascente no Brasil. Elas saíram de Varsóvia para Roma, via Viena de trem 23.09.1975 e depois vieram no navio saindo de Nápoles, no dia 02.10.1975 e chegaram no Porto de Santos – São Paulo, no dia 16.10.1975. As primeiras irmãs brasileiras, Ir. Rosa Nita Pilonetto e Ir. Carmen Donida testemunharam a coragem com que as nossas Irmãs missionárias vindas da Europa empreenderam a vida de comunidade, de oração, apostolado e formação das primeiras vocações mesmo que ainda não conhecessem bem a língua e todo o ambiente. Disseram o quanto foram cativadas pelo o modo de viver, conviver, trabalhar, estudar e recrear-se dessas Ursulinas missionárias.

Voltando ao tema da celebração de ação de graças pelo centenário da Congregação no domingo, dia 12 de janeiro, festa do Batismo do Senhor, na Paróquia São Paulo Apóstolo onde se situa a comunidade Ursulina do Uberaba, ficamos surpreendidas pela uma belíssima celebração que os leigos da paróquia prepararam e, embora sendo período de férias a Igreja estava lotada. A missa foi presidida pelo bispo auxiliar de Curitiba e responsável pela vida consagrada na Arquidiocese, Dom Amilton Manoel da Silva, cp. Iniciou sua homilia sobre a Festa do Batismo do Senhor sublinhando que a vida consagrada, a qual teria tudo para ser um oitavo sacramento, por decisão da Igreja permaneceu como vivência radical do batismo vivido dentro de um Carisma fundacional que é Dom do Espírito Santo para a Igreja e assim exemplificava-o com o Carisma de Santa Úrsula Ledóchowska. A missa foi concelebrada pelo Bispo Dom Celso Antônio Marchiori – ordinário da Diocese de São José dos Pinhais - PR, pelos sacerdotes das paróquias de Curitiba onde as irmãs vivem e atuam[3]. Além do povo da paróquia, estavam presentes muitos leigos e leigas que se fizeram muito próximos à Congregação pela atuação das irmãs nesta região, bem como religiosas de diversas Congregações vizinhas. Uma presença muito especial foi a das Irmãs da Congregação da Beata Maria Teresa Ledóchowska, das Irmãs de São Pedro Claver que têm uma comunidade em Curitiba. 
Após a missa houve o almoço festivo no qual participaram os bispos, padres das paróquias e religiosos e religiosas das Congregações vizinhas. Na tarde deste dia, em nossa casa vieram muitas pessoas para felicitar pelo centenário e, enquanto recordavam os momentos marcantes da trajetória, compartilhavam de um lanche preparado com carinho pelas irmãs desta comunidade Ursulina do Uberaba. Entre estes visitantes destacaram-se as senhoras do Grupo “Raio de Sol” que se reúnem para conhecer a vida de Santa Úrsula, para rezar e realizar trabalhos pastorais. No momento elas estão lendo em grupo e compartilhando o livro da História da Congregação. Nos dias sucessivos à celebração ao encontrar as pessoas na rua, à caminho do trabalho ou na paróquia ouvíamos-los dizerem: ‘Como foi bela a celebração do centenário da vossa Congregação’. Esses momentos foram vividos em comunhão especial com toda nossa Congregação através da Madre Beata Mazur que marcou presença com suas cartas e incentivo para que esse acontecimento fosse solenemente celebrado para maior glória de Deus.




[1] At 10,38
[2] Era seminarista quando, em 1979 a Congregação abriu a casa em Campo Largo. Tornou-se muito próximo às Irmãs, especialmente Ir. Anna Klimczak que contribuiu na sua caminhada vocacional. Mesmo após sua ordenação sacerdotal e episcopal continuou muito próximo à Congregação com a qual sempre alimentou seu contato. Em 2018 visitou a Congregação na Polônia onde viu mais amplamente todo bem que as irmãs fazem na Igreja em cada ambiente onde se fazem presente. E assim sintetizou os 100 anos de presença das Ursulinas como aquelas que passaram fazendo o bem.
[3] Atualmente são duas comunidades em Curitiba: Na paróquia São Paulo Apóstolo e na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Mas, embora a comunidade do Rocio tenha sido fechada, as Irmãs continuam conduzindo a Escola de Educação Infantil na Paróquia Nossa Senhora do Rocio. 




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